agora que eu te digo que o Bauman já disse, agora você acredita?
"Guiada pelo impulso 'seus olhos se cruzam na sala lotada', a parceria segue o padrão do shopping e não exige mais que as habilidades de um consumidor médio, moderadamente experiente. Tal como outros bens de consumo, ela deve ser consumida instantaneamente ( não requer maiores treinamentos nem uma preparação prolongada ) e usada uma só vez, 'sem preconceito'. É, antes de mais nada, eminentemente descartável.
Consideradas defeituosas ou não 'plenamente satisfatórias', as mercadorias podem ser trocadas por outras, as quais se espera que agradem mais, mesmo que não haja um serviço de atendimento ao cliente e que a transação não inclua a garantia de devolução do dinheiro. Mas, ainda que cumpram o que delas se espera, não se imagina que permaneçam em uso por muito tempo. Afinal, automóveis, computadores ou telefones celulares perfeitamente usáveis, em bom estado e em condições de funcionamento satisfatórias são considerados, sem remorso, como um monte de lixo no instante em que 'novas e aperfeiçoadas versões' aparecem nas lojas e se tornam o assunto do momento. Alguma razão para que as parcerias sejam consideradas uma exceção à regra? "
> só pra que fique bem claro - pois essa é a intenção: ser entendida - aqui parceria deve ser lida como relacionamento, ligação, homem/mulher, homem/homem, mulher/mulher, ou seja lá qual for o parzinho.
17.7.09
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1 comment:
prefiro que bauman não tenha razão - pelo menos não o tempo todo. até por ele, tadinho. é um saco estar sempre certo, estou supondo, claro.
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