13.8.09

se a gente tivesse no último janeiro eu ia mesmo te dizer que grande parte da minha ânsia vinha do caso de eu não ter idéia do que seria de mim agora. se ainda fosse janeiro passado, eu ainda respiraria mal, comeria pouco e errado, beberia sem pesar e manteria a estúpida idéia de brigar por coisas que só eu não achava erradas. não posso esquecer ainda de que se estivessemos em janeiro eu não te pouparia de mim e nem você me pouparia de testar tua vida em mim. é certo que tudo aconteceu antes desse janeiro. e as vezes eu penso que eu só podia o tudo que era pra ter certeza de que usando ele eu chegaria em um tipo de esgotamento. mas não. me esgotar mesmo eu só fui agora. tipo sábado passado. o que de fato aconteceu quando o janeiro acabou eu ainda não tenho a melhor definição pra te dar. do que eu merecidamente não consigo me esquecer foi de uma conversa em 5 amigas, domingo, quase meia-noite. eu sabia e elas sabiam que eu tinha só chegado alí pra declarar o que o janeiro fez comigo. a gente conversou até segunda-feira. e eu não sei te falar exatamente a ordem das minhas palavras, nem elas sabem. a gente só sabe que só naquele dia elas enfim sabiam que tudo o que eu falava era verdade. e eu sabia que elas sabiam. coisas que quando resolvem acontecer ninguém tem coragem de duvidar. aí acabou o janeiro. depois disso eu não contei mais os meses. eu só fui executando. fui concordando com tudo que arranjaram pra minha vida e fui executando. não durou muito tempo. eu nunca poderia confiar tanto pra continuar por mais tempo recebendo comandos e não desconfiar deles. eu não sei te falar quando. eu não sei te falar de nenhuma referência pra te localizar no tempo ou no espaço. eu só sei que foi depois de janeiro. depois do domingo e depois da meia-noite. não existiu um plim, um milésimo de segundo, uma epifania. não que eu saiba. eu não fui do tipo previamente avisada. eu sei que pareceu até ordinário. ordinário demais pra uma coisa que eu julguei nobre. e eu sei que te irrita. e já ouvi que você não se conforma. já te falei que não é o caso pra se conformar. alguma hora a gente é mesmo cobrado e as algumas coisas podem sair mais caras que a encomenda. não me importa mais. o que me importa é que graças a deus já é agosto e eu vivo como se janeiro nenhum tivesse me importado. na verdade, eu tô muito mais pra maio. final de maio. inteiramente pro final de maio.

2 comments:

Déborah Vinci said...

preciso fazer parte de algum, mes. me manda um e-mail?
:p

Unknown said...

tô aí. adorooo